7 de abril de 2010

Feijão mais caro nem sempre é o de melhor qualidade



O feijão mais caro nem sempre é o de melhor qualidade. É o que indica a pesquisa da associação de consumidores Proteste. O órgão analisou 25 marcas diferentes de feijão preto e encontrou problemas na classificação do tipo descrito nas embalagens em 13 delas.
A associação analisou os feijões vendidos em Salvador, Curitiba, Rio de Janeiro, Niterói, Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo, Guarulhos, Campinas e Distrito Federal em dezembro de 2009.
Os resultados da pesquisa foram baseados nos seguintes critérios: preço, rótulo, classificação vegetal – que indica a que tipo o feijão pertence -, cozimento e sabor dos produtos.
De acordo com a Proteste, para o feijão ser do tipo 1, a embalagem pode trazer, no máximo, 1,5% de grãos com defeitos graves (grãos ardidos - fermentados ou queimados -,mofados, brotados e carunchados - que apresentam larvas ou lagartas). Se o produto tiver inseto vivo é automaticamente desclassificado. As marcas que não tiveram insetos vivos nem mais de 1,5% de defeitos em nenhuma das quatro amostras foram consideradas muito boas.
O melhor colocado no item qualidade foi o feijão da marca Fritz e Frida. Em uma classificação de 0 a 100, o produto alcançou 93 pontos, sendo bem avaliado nos quesitos: veracidade das informações, defeito dos grãos, cozimento e sabor. A Proteste, no entanto, avaliou que as embalagens poderiam informar a qual grupo de classificação o feijão pertence. O preço por quilo do produto variava entre R$ 2,29 e R$ 2,49.
O feijão da marca Great Value, comercializado pelo grupo Wal-mart, é o mais vantajoso na relação entre o custo e o benefício. Nas cidades pesquisadas, o preço de cada quilo era R$ 1,70, em dezembro de 2009.
Entre os três piores classificados estão os produtos das marcas Combrasil, Nacional e Blue Ville.
O produto da Combrasil custava entre R$ 2,29 e R$ 2,99 e recebeu classificação ruim nos quesitos: insetos e classificação vegetal, alcançando apenas 35 pontos. Segundo a gerente de gestão qualidade, Elizabeth Borges, a empresa não pode se pronunciar porque não tem conhecimento do que foi encontrado nos produtos da marca.

- Nós solicitamos à Proteste o laudo sobre o que foi encontrado nos nossos produtos. Nós não podemos nos pronunciar sobre o que foi encontrado. Nós zelamos pela nossa qualidade.

A pior classificação ficou com o produto da empresa Blue Ville. A marca alcançou 26 pontos e foi avaliada como ruim nos seguintes critérios: veracidade das informações, defeito dos grãos e classificação vegetal. Procurada pelo R7, a Blue Ville alegou não ter conhecimento das informações e por isso não poderia emitir opinião.
...Fonte: "r7.com"

Nenhum comentário: