11 de maio de 2010

Trabalhadores da limpeza urbana vão ao teatro em comemoração do Dia do Gari



A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) comemora antecipadamente nesta terça-feira, dia 11, o Dia do Gari (a data oficial é 16 de maio), com uma apresentação teatral exclusiva para eles. A partir das 15h, no teatro do Colégio Padre Machado (avenida do Contorno, 6.475, Savassi), cerca de 200 garis vão assistir a peça “Acredite, um espírito baixou em mim”. Para muitos deles, será a primeira vez em que vão assistir um espetáculo de teatro. O objetivo da promoção é homenagear aqueles que trabalham diariamente nas ruas da cidade varrendo, coletando e capinando. Após a peça será servido um lanche para os garis.
“Acredite, um espírito baixou em mim”, conta a história de um homossexual assumido, inconformado com a própria morte, que foge do céu para viver novas experiências e acaba criando uma grande confusão após incorporar num machista radical. Os atores mineiros Ilvio Amaral e Maurício Canguçu comandam esta comédia que já levou mais de 1 milhão e quinhentas mil pessoas ao teatro. O sucesso da peça é tão grande que virou um longa metragem, filmado em Belo Horizonte no final de 2002.

Trabalho fundamental

Responsáveis pela coleta do lixo e pela limpeza de ruas e avenidas da cidade, os garis são importantes agentes de limpeza urbana e essenciais para a conservação da cidade. Além da coleta domiciliar e da varrição de Belo Horizonte, os garis realizam, ainda, a coleta seletiva, a coleta dos resíduos de saúde, a limpeza de deposições clandestinas, a lavação de ruas e avenidas, a limpeza das bocas de lobo e a capina e a limpeza dos córregos. Eles combatem ainda, de forma direta, várias doenças que se desenvolvem com o acúmulo dos resíduos, como a dengue, por exemplo.
A SLU, autarquia da Prefeitura responsável por manter a limpeza de Belo Horizonte, possui atualmente cerca de 2.700 garis, entre servidores da SLU e das empresas contratadas.
Cada gari corre cerca de 20 km por dia, recolhendo 3,3 toneladas de lixo. Por dia, os garis da SLU varrem mais de 1.500 km, quase a distância de BH a Foz do Iguaçu.

O nome Gari

O nome profissional de gari é em homenagem ao francês Pedro Aleixo Gary, primeira pessoa a assinar uma contrato de limpeza pública com o Ministério Imperial, organizando assim, a partir do dia 11 de outubro de 1876, a remoção de lixo das casas e praias do Rio de Janeiro. Vencido o contrato, em 1891, entrou seu primo, Luciano Gary. Um ano após, a empresa foi extinta e inaugurada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da cidade, realizando um trabalho muito aquém do proposto em termos de limpeza pública.
Os cariocas, acostumados com a limpeza das ruas após a passagem dos cavalos, mandavam chamar a turma do Gary. Aos poucos o nome se generalizou e até hoje são chamados garis.

Como colaborar com o trabalho do gari

- Não jogue lixo ou entulho nas vias públicas, córregos, lotes vagos, bueiros e encostas. Além de poluir a cidade, o lixo nas ruas entope bocas de lobo e pode provocar enchentes;
- No trânsito, respeite os cones de sinalização. Eles estão ali para proteger os varredores, que estão trabalhando para deixar a cidade mais bonita para todos nós.
- Respeite os dias e horários de exposição do lixo para coleta, evite deixar seu lixo na rua por mais tempo que o necessário;
- Embale corretamente seu lixo, em sacolas resistentes, bem fechadas e de tamanho adequado, para evitar que elas se abram e espalhem o lixo nas vias públicas. Lixo não embalado, além de exalar mau cheiro, atrai animais que podem ser portadores de doenças;
- Proteja o vidro e outros materiais pérfuro-cortantes (estiletes, pregos, lâminas) com material resistente antes de colocá-lo na sacola e pressione as tampas das latas para dentro. Esses materiais desprotegidos podem ferir o gari, mesmo ele usando as luvas protetoras. O gari acidentado pode ter que se afastar do trabalho e a coleta em sua região ficará prejudicada;
- A velocidade do caminhão de coleta é em média 5 a 7 km/h. É preciso a cooperação dos outros motoristas no trânsito. Infelizmente, muitos reagem com impaciência, não levando em consideração a importância do trabalho realizado pelos garis.

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