6 de maio de 2010

Professor contraria TJ e decide manter greve em Minas

Sind-UTE informou que está se mobilizando para pagar multa diária de R$ 10 mil estabelecida pelo Tribunal de Justiça



Os professores da rede estadual decidiram, nesta quarta-feira (5), dar continuidade à greve, que já dura 28 dias, apesar da decisão do desembargador Wander Marotta, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que, na terça-feira (4), considerou ilegal o movimento de paralisação liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
Cerca de 10 mil educadores, segundo o sindicato, se reuniram na Praça da Assembleia Legislativa e seguiram em passeata para a sede do TJMG, na Avenida Afonso Pena, Centro de Belo Horizonte. Para a Polícia Militar, o número de manifestantes chegava a 4 mil.
A assessoria de imprensa do Governo do Estado informou que a Secretaria de Estado de Educação não iria se pronunciar sobre a decisão dos professores.
Segundo a assessoria do Sind-UTE, o sindicato já está se mobilizando para arcar com as multas decorrentes dos dias parados. Na terça-feira, o desembargador fixou uma multa diária de R$ 10 mil se a decisão de voltar às aulas em 48 horas fosse descumprida.
De acordo com a assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a multa começará a ser aplicada a partir da sexta-feira (7). já que o Sind-UTE tomou ciência da decisão na terça-feira.
“Nós vamos arcar com a multa e também recorrer da decisão, pois não concordamos com o desembargador, que entendeu que a educação é essencial e que a reposição das aulas vai prejudicar o aluno”, afirmou Beatriz Cerqueira, coordenadora geral do sindicato.
“Cumprimos todos os requisitos essenciais para realizar a greve. Com a decisão, entendemos que o professor nunca mais vai poder reivindicar reajustes salariais”, completou. O Sind-UTE afirmou que 60% dos professores da rede estadual continuam em greve.
...Fonte: "Jornal Hoje em Dia"

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