13 de maio de 2010

PBH redobra cuidados com portadores de asma



A mudança de estação climática, que faz os termômetros marcarem temperaturas mais baixas, costuma trazer também problemas de saúde para algumas pessoas, principalmente os alérgicos e portadores de doenças respiratórias. Nesse período do ano é comum que as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Belo Horizonte registrem um aumento no fluxo diário de 10%, em virtude do crescimento do número de pacientes com problemas respiratórios, principalmente asma.
Em Belo Horizonte as crianças de zero a 14 anos, portadoras de asma, são assistidas pelo Programa Criança que Chia. As equipes do Programa Saúde da Família estão aptas a reconhecer as formas da doença e indicar os pacientes para serem tratados pelo programa. O paciente é monitorado o ano inteiro com o tratamento totalmente gratuito.
As pessoas que já sabem que são portadoras de doenças respiratórias crônicas devem se prevenir quando a temperatura começa a cair. Segundo a alergista e coordenadora do Programa Criança que Chia, da Secretaria Municipal de Saúde, Corina Toscano Sad, é importante que essas pessoas saibam o tipo e o grau da doença que possuem para que possam ser devidamente atendidas e medicadas.
Ainda segundo a médica, alguns cuidados podem ser tomados para que as crises respiratórias sejam evitadas. “Na mudança de estação, da mais quente para a mais fria, as pessoas devem ficar atentas e não manter o ambiente fechado sem nenhum tipo de ventilação. As janelas devem ficar abertas e as pessoas bem agasalhadas”, orienta Corina.

Cuidados

A alergista também lembra que o quarto é um local que deve ficar sempre limpo e com o menor número de objetos possível, evitando pelúcias, tapetes e cortinas. Evitar cheiros fortes (perfumes e produtos de limpeza) e o contato com animais de estimação, combater os focos de mofo e as baratas (responsáveis por desencadear crises de asma nos portadores da doença) e sempre lavar as roupas de cama e agasalhos são outras medidas importantes no combate às doenças do aparelho respiratório.
“Uma questão que devemos lembrar é que a auto medicação não é a forma correta para tratar a asma e as demais doenças respiratórias. O correto é sempre procurar o atendimento médico”, recomenda Corina. Segundo a especialista, qualquer atividade física faz bem para o asmático. Muitos buscam a natação, que não deve ser a única forma de tratamento, lembrando que o cloro pode desencadear crises asmáticas.



Criança que Chia

O Programa Criança que Chia, que começou em Belo Horizonte em 1994, é resultado de uma parceria da Prefeitura com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O programa é pioneiro no Brasil em assistência pública ao paciente asmático, tendo sido modelo para programas de asma em diversas cidades do país e referência para o Programa Nacional de Asma.
Ao longo desses 16 anos do programa foram beneficiadas cerca de 30 mil crianças de zero a 14 anos de idade. No momento mais de 10 mil crianças estão cadastradas recebendo medicamentos inalatórios e acompanhamento médico periódico.
O objetivo principal do programa é reduzir a morbi-mortalidade por doenças respiratórias na infância. As doenças mais comuns combatidas no Criança que Chia são a pneumonia e a asma. Outro objetivo é buscar a melhoria da qualidade de vida da criança asmática, obtendo-se o controle da doença através do vínculo do paciente com as unidades básicas de saúde, oferecendo um acompanhamento regular e preventivo.
Desde 1996, com a atuação do Criança que Chia, Belo Horizonte vem registrado uma redução significativa, sendo que desde então o número de crianças hospitalizadas com problemas respiratórios reduziu 85%. O número de atendimentos nas unidades de urgência também caiu 75%. Com esses resultados, as crianças acompanhadas pelo programa conseguiram uma importante melhoria na qualidade de vida.
A média de entrada no programa é de 311 crianças por mês, entre asmáticos intermitentes, leves, moderados e graves. Em 2009, mais de 10 mil crianças estavam ativas no programa, atingindo uma cobertura de 52% da população estimada de zero a 14 anos. Inicialmente foram priorizadas as crianças até cinco anos e mais tarde a cobertura foi ampliada para até os 14 anos.
...Fonte: "Prefeitura de BH"

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