6 de maio de 2010

Médicos do Hospital Municipal suspendem atendimento

A paralisação inclui as cirurgias eletivas, consultas ambulatoriais eletivas e de retornos, exames endoscópicos e ultrassônicos



Médicos do Hospital Municipal de Contagem decidiram em assembleia, paralisar os atendimentos eletivos, a partir desta quinta-feira (6), em protesto contra os baixos salários e a falta de condições de trabalho. Foi marcada para 19 horas desta quinta-feira uma nova assembleia, no auditório do Sinmed-MG (Rua Padre Rolim, 120). Caso não haja acordo, a categoria pode decidir por novas paralisações.
Segundo decisão tomada no Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), foram suspensos todos os atendimentos eletivos no Hospital Municipal José Lucas Filho, na Av. João César de Oliveira, 4495, único público da cidade. A paralisação inclui as cirurgias eletivas, consultas ambulatoriais eletivas e de retornos, exames endoscópicos e ultrassônicos.
O hospital atende diariamente cerca de 300 pacientes e conta com 400 médicos, a maioria trabalhando em regime de contrato e não como concursados, como exige a Lei. Segundo os médicos, o ideal seria ter, pelo menos, o dobro de profissionais. Com os baixos salários e a falta de condições de trabalho, a evasão tem sido cada vez maior e quem sofre é a população.
Entre as inúmeras denúncias apresentdas pelos profissionais da saúde estão a falta cirurgia ortopédica e neurológica no município, expondo pacientes vítimas de acidentes corriqueiros a seqüelas graves, devido ao atendimento tardio em outros municípios; pacientes chegam a ficar 48 horas entubados em Unidades Atendimento Integrado (UAI) aguardando transferência para CTI; policlínica sem médicos com freqüência; falta de especialistas como anestesistas, neurologistas, cardiologista, hematologistas e pediatras no final de semana (crianças têm sido atendidas por enfermeiros).
Além de condições de trabalho, os médicos se queixam que Contagem paga os piores salários da Região Metropolitana e pedem equiparação com os valores pagos pela Prefeitura de Belo Horizonte, em média 30% superiores aos do município.
...Fonte: "Jornal Hoje em Dia"

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