6 de maio de 2010

Rede SUS-BH distribui mais de 238 milhões de medicamentos



A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) vai investir neste ano cerca de R$ 1 milhão com a incorporação de 11 novos itens para a ampliação da oferta de remédios na Relação Municipal de Medicamentos (Remune). Em 2009, foram acrescentados 30 medicamentos à lista de remédios essenciais que são distribuídos aos centros de saúde, passando para 170 itens padronizados. A rede de Assistência Farmacêutica atende cerca de 300 mil pessoas, todos os meses, nas farmácias locais do SUS-BH. Os gastos da SMSA com a aquisição de medicamentos, em 2009, chegaram a R$ 19,2 milhões, 16,2% mais que o investido em 2008. No total, 238.549.982 medicamentos foram distribuídos pela rede SUS-BH em 2009.
De acordo com a gerente de Medicamentos da SMSA, Vicencina da Costa Val, a nova revisão da Remume traz dois itens para tratamento de osterose, três para mal de Parkinson, um antimicrobiano infantil, um antihelmíntico, um colírio, um antiasmático para inalação, um anticonvulsivante e um antiemético. “Estes medicamentos vão ser incluídos gradativamente ainda em 2010”, afirmou Vicencina.
Ainda segundo a gerente, a aquisição dos medicamentos é realizada por meio de licitações. “São feitos contratos de fornecimento com as empresas vencedoras das licitações para garantir o abastecimento do ano. Nenhum item padronizado fica sem ser licitado”, explica.
Os investimentos resultaram na aprovação de associações que representam pacientes diabéticos e do Conselho Municipal de Saúde, que tem o papel de fiscalizar as ações dos gestores do SUS e representar os usuários do sistema público de saúde.
Segundo a presidente da Associação de Diabéticos de Minas Gerais, Irma Pires de Oliveira, há mais de dez anos não se registra falta de insulina na rede pública da capital. “Não tenho conhecimento de falta de medicamentos em nenhum centro de saúde da cidade. Insulina nunca mais faltou para os diabéticos”, afirma.

Fiscalização

De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Willer Marcos Ferreira, a assistência farmacêutica da capital é constantemente fiscalizada pelos conselheiros e tem atendido satisfatoriamente as demandas dos usuários. “Recentemente visitamos todas as farmácias distritais e verificamos que todas elas estavam abastecidas e atendendo às unidades básicas de saúde. O SUS-BH está muito bem assistido em relação aos medicamentos”, avaliou.
A assistência farmacêutica é feita em conjunto com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e as Equipes de Saúde da Família. Entre as atividades desenvolvidas estão grupos e palestras para usuários e assistência individual com visitas domiciliares e orientação sobre o uso correto dos medicamentos, contra indicações e riscos do uso inadequado. Os farmacêuticos também apoiam a organização das farmácias locais e promovem ações educativas para as equipes de saúde.
As ações assistenciais são desenvolvidas de forma sistematizada e de acordo com a necessidade individual dos usuários, sendo definidas como acompanhamento da adesão ao tratamento, dispensação especializada, gestão de caso, conciliação de medicamentos, atendimento farmacêutico à demanda específica e/ou definida em equipe multiprofissional, abordagem em grupos e visita domiciliar.
A assistência farmacêutica clínica trabalha com prioridades que levam em consideração a realidade local dos pacientes atendidos em cada unidade de saúde, como hipertensão de médio, alto e muito alto risco, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes, tuberculose, hanseníase, idosos, acamados, saúde mental, asma moderada e grave, portadores de HIV/AIDS, portadores de epilepsia e condições complexas.



Assistência Farmacêutica tem qualificação permanente

A assistência farmacêutica no SUS/BH está investindo também em qualificação. Todo profissional farmacêutico que integra a rede participa de um curso de capacitação que aborda a assistência, a gestão do medicamento, o trabalho em equipe, entre outros temas. Além dessa capacitação, os farmacêuticos ligados ao Nasf também participam de um programa de educação permanente com reuniões mensais e avaliações dos processos de trabalho. O Nasf tem o objetivo de ampliar a abrangência, a resolutividade e o objetivo das ações da Atenção Primária.
Atualmente, 48 farmacêuticos trabalham na Atenção Primária da rede SUS/BH. Eles atuam de forma integrada à rede de serviços de saúde, de acordo com as demandas identificadas pelas Equipes de Saúde da Família e estão ligados ao Nasf. A equipe farmacêutica cobre 100% dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família.
...Fonte: "Prefeitura de BH"

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