Segundo um dos representantes dos lojistas, o comerciante Aladir de Oliveira, a adesão à paralisação foi de 100%, com todas as lojas fechadas. Entretanto, o dono do shopping, o empresário Mário Valadares, informou que o problema foi somente com os lojistas do primeiro piso, que estavam insatisfeitos com o acordo fechado com a administração a respeito dos aluguéis.
Valadares alegou que não estava aumentando os alugueis, mas apenas reajustando para todos pagarem um valor igual e menos defasado segundo o que é cobrado no mercado. “Os valores são diferentes por setor, variando, após o reajuste, de R$ 200 a R$ 1.700. Fiz uma pesquisa de mercado e vi, por exemplo, que, para as lojas onde cobrarei o valor maior, de R$1.700, o valor de mercado seria R$ 4 mil. O que estranho é que eu já havia feito na semana passada uma reunião com eles e todos haviam concordado”, fala.
Para Oliveira, o aumento dos alugueis será um prejuízo, pois ainda atingirá o valor do condomínio, que é de R$ 295, e que deverá subir também. Entretanto, o comerciante não soube informar a respeito do contrato de aluguel, para saber se a data e o índice de reajuste estão corretos. “Ele aumentou os valores em praticamente 100%. Não sei como estão firmados os contratos, mas o reajuste deveria ser feito pelo índice geral de preços do mercado (IGP-M), que não alcança 100%. Vamos continuar as manifestações até que tudo se resolva”, afirma.
Diante do impasse, Valadares disse que por enquanto aceitará que os comerciantes continuem a pagar os valores antigos dos alugueis, mas que irá entrar na Justiça com uma ação revisional para conseguir valer o reajuste. Ficou marcada para esta terça-feira (25), às 11 horas, uma nova reunião entre as partes.
...Fonte: "Jornal Hoje em Dia"
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