24 de maio de 2010

Bienal do Livro: 250 mil visitantes e R$ 10,5 milhões

Agora é só em 2012. Terminou neste domingo (23), no Expominas, a II Bienal do Livro de Minas. Segundo a organização do evento, os números foram positivos, com 250 mil visitantes, cerca de 700 mil livros vendidos e faturamento estimado de R$ 10,5 milhões. A curadora dos espaços Café Literário, Arena Jovem e Arena Poética, Guiomar de Grammont, disse que ficou satisfeita com os resultados da Bienal, que ela já vê como consolidada. Apesar disso, observou que faltou mais conexão das escolas com a Bienal para que a programação pudesse ser melhor aproveitada. Ela sugeriu que, na próxima edição, as pessoas examinem a programação com antecedência para não perderem eventos de interesse. Ainda segundo ela, é preciso pensar em formas de tornar o evento mais acessível do ponto de vista financeiro, para que mais gente possa visitá-lo. Ela sugeriu, por exemplo, que o valor do estacionamento possa ser revertido em crédito para a aquisição de livros.
A gerente da Bienal, Tatiana Zaccaro, disse que grandes editoras, como Record e Sextante, afirmaram ter tido uma excelente vendagem de livros. E emendou: “Alguém não investe R$ 20 mil na Bienal esperando retorno de R$ 20 mil. Esse é um evento de ações de marketing para o mercado editorial”, destacou. Segundo ela, a importância da divulgação de autores, dos livros e da leitura conseguida com a Bienal ultrapassa o valor financeiro que o evento possa gerar.
Neste domingo (23), no Café Literário, o tema “noir” teve a participação da escritora paulista Patrícia Melo, com oito livros do gênero editados, e da escritora mineira Leida Reis, editora do Caderno Minas do HOJE EM DIA, que lançou seu primeiro romance policial – “A invenção do crime”. O debate foi mediado pelo professor e também jornalista do HOJE José Antônio Orlando Neto.
"Foi fundamental o suporte da Editora Record, de alcance nacional, como ponto de partida na inserção do mercado da literatura brasileira. A participação na Bienal trouxe a oportunidade de contato com outros autores, como a Patrícia Melo. É muito gratificante, e já me preparo para o lançamento do meu segundo livro no gênero policial, mas com uma incursão no universo da arte”, destacou Leida.
Para Patrícia Melo, além da alegria de participar pela primeira vez da Bienal, em Belo Horizonte, sua vinda foi uma oportunidade de mostrar “seu lado mineiro”, apesar de ser natural de Assis (SP). Ela citou o escritor israelense Amós Oz, apesar de não ser autor do gênero, como fonte de inspiração para uma próxima obra.
Como mediador do debate, José Antônio Orlando avaliou esta como uma oportunidade de discutir o gênero “noir” (negro, em francês), buscando uma direção, mas sem estabelecer juízo de valor. “Não se trata de conferência, nem de aula, mas uma experiência de troca entre autoras e leitores que promete ser interessante sem ser trivial”, resumiu o professor.
...Fonte: "Jornal Hoje em Dia"

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