6 de julho de 2010

BH integra projeto de saúde para redução de mortes no trânsito


Belo Horizonte foi escolhida para participar do projeto “R10 – Bloomberg para segurança viária”. A capital recebeu a visita de representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde, que avaliaram as políticas públicas na área de segurança no trânsito. Outras quatro capitais também foram selecionadas: Curitiba, Campo Grande, Teresina e Palmas. A meta é reduzir as mortes e danos sérios em vias de tráfego nos países de média e baixa renda. Além do Brasil, outros nove países integram o projeto: Rússia, Turquia, China, Egito, Índia, Camboja, Quênia, México e Vietnã.
A escolha das cidades levou em consideração critérios como região, população, situação epidemiológica, adesão política, capacidade técnica, entre outros. Serão ofertadas qualificações para a promoção de projetos que reduzam as lesões graves e mortes no trânsito, de forma planejada e integrada. Para o Brasil, os investimentos serão de US$ 3 milhões. Já estão disponíveis US$ 380 mil na OPAS. As prefeituras não vão receber recursos financeiros, os incentivos serão investidos pela OPAS em cursos de qualificação e treinamento das equipes locais.

Mortes e lesões no trânsito são questões de saúde pública

Belo Horizonte tem hoje uma frota de 1,2 milhão de veículos, uma média de dois habitantes por veículo. Cerca de 1,2 milhão de pessoas utilizam o transporte coletivo na cidade. Os acidentes de trânsito representam 8,5% das ocorrências de internação e morte por causas externas no município.
Em 2009, foram gastos cerca de R$ 12 milhões com a internação de vítimas do trânsito, o que representa 3,8% das Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) pagas pelo SUS/BH.
Todos os meses chegam à BHTRANS de 1.400 a 1.500 ocorrências de acidentes de trânsito com vítima na cidade. Belo Horizonte tem uma taxa de 2,47 mortes por cada 10 mil veículos. Os principais fatores que resultam em acidentes nas vias da capital são o uso do álcool antes de dirigir e o desrespeito à velocidade estabelecida.

Ações educativas e de conscientização

Para 2010, Belo Horizonte está desenvolvendo um plano de ação que visa sensibilizar, mobilizar e capacitar adolescentes, professores da rede municipal, motociclistas, idosos e líderes comunitários para a importância da atitude responsável no trânsito. Foi inaugurado um espaço para os motociclistas praticarem a direção segura. Já participaram mais de 2 mil motofrentistas.
Os trabalhadores do transporte coletivo participaram de cursos de capacitação para melhor atender aos idosos e portadores de necessidades especiais.
A Gerência de Educação da BHTRANS desenvolve, há 10 anos, um trabalho de educação no trânsito destinado a alunos do ensino fundamental das escolas públicas e particulares da cidade.

Dados Nacionais

O Brasil foi convidado a integrar o projeto “R10 – Bloomberg para segurança viária”, por ter liderança política, mas também por ocupar o quinto lugar em taxa de mortalidade por Acidentes de Transporte Terrestre. Em 2008, foram registrados 36.666 óbitos nas rodovias brasileiras. Os dados são preliminares.
Em 2007, 4,5 milhões de pessoas – 2,5% da população – se envolveram em acidente de trânsito no Brasil. Os motociclistas responderam por 48% dos atendimentos na rede hospitalar; 21,7% dos atendimentos foram de acidentados com bicicletas; 12,6% com automóvel e 12% eram pedestres.
... Fonte: "Prefeitura de BH"

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