25 de novembro de 2010

Ministérios têm nomes confirmados por Dilma


A presidente eleita, Dilma Rousseff, confirmou nesta quarta-feira (24) o economista Alexandre Tombini, atual Diretor de Normas, para presidir o Banco Central, o economista Guido Mantega para permanecer à frente do Ministério da Fazenda, e a engenheira e coordenadora do PAC, Miriam Belchior, para assumir o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. E manteve as reuniões, na Granja do Torto, para a definição de outros nomes, primeiro com o atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e depois com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que é amigo pessoal de Dilma.
Com o ministro dos Transportes, Dilma discutiu o trem-bala que ligará Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro. Participou do encontro a futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Na reunião que teve com Pimentel, a presidente eleita estava acompanhada o ex-ministro Antonio Palocci, um dos coordenadores da transição, cotado para a Casa Civil. O encontro durou mais de duas horas.
Dilma já chamou Palocci para integrar seu governo. Segundo a reportagem apurou, a petista convidou o ex-ministro da Fazenda para comandar a Casa Civil na semana passada, mas ele avalia a possibilidade de ir para a Secretaria Geral da Presidência. Isso porque a pasta, comandada por Dilma durante quase cinco anos, se tornará um órgão de estrito assessoramento da Presidência da República, ao passo que a Secretaria assumirá funções mais políticas.
A avaliação entre membros da equipe de transição é de que Palocci, considerado um habilidoso negociador político, seria melhor aproveitado na Secretaria Geral.
A Casa Civil deve ser desidratada de algumas atribuições executivas, como a gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deve passar ao guarda-chuva do Ministério do Planejamento.
Outro nome que já foi convidado para o novo ministério é Paulo Bernardo, atual ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, que irá para outra pasta, uma vez que Miriam Belchior foi confirmada para o Planejamento a partir de 2011. Nesta quarta, Paulo Bernardo confirmou que foi convidado a participar do governo Dilma. Ao deixar a Granja do Torto, onde esteve reunido com a presidente eleita, Bernardo disse estar à disposição do novo governo, mas não indicou a pasta que assumirá.
Uma fonte com acesso ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta à reportagem que “há indicações de que Luciano Coutinho deve permanecer na presidência do BNDES no governo Dilma”.
Coutinho participou de evento nesta quarta pela manhã na capital paulista e seguiu, depois, para Brasília. Ele foi comunicado na terça-feira à noite que deveria ir à capital federal nesta quarta, um dia antes da viagem de Lula e Dilma para o encontro de cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em Georgetown (Guiana).
A confirmação de Coutinho no BNDES fecharia o grupo mais importante do governo para a condução de políticas macroeconômicas para os próximos quatro anos. O BNDES é o principal agente do governo eleito para fazer frente a investimentos de longo prazo agendados para o País nos próximos seis anos, com destaque para projetos do pré-sal da Petrobras e para obras de infraestrutura em geral, muitas delas relacionadas com a agenda da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
O governo Dilma deve utilizar o BNDES como agente indutor para os investimentos de longo prazo, mas com gradual redução de sua participação relativa na formação bruta de capital fixo no País, dado que há interesse em aumentar a atuação do setor privado em projetos de longa maturação em infraestrutura.
O governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos, também se reuniu com Dilma, por cerca de uma hora, mas disse que não foram definidos cargos para o PSB ocupar no futuro governo. “Não estamos tratando de indicações ainda”, disse Campos, que informou que um próximo encontro deve ocorre na semana que vem.
O governador não quis dar detalhes da reunião, mas salientou que o propósito do partido dele é ajudar no êxito do governo Dilma. No Ministério da Fazenda, onde esteve nesta quarta, Campos disse que se encontrou com o secretário executivo Nelson Machado para pedir que aprove dois empréstimos do Banco Mundial para Pernambuco.
...Fonte: "Jornal Hoje em Dia"

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