16 de dezembro de 2010

Estudantes reclamam de nova prova do Exame Nacional

Aluna de Belo Horizonte precisou recorrer à Justiça para ter direito a realizar o teste
 Em um clima de resignação, revolta e desconfiança, estudantes de Belo Horizonte compareceram nessa quarta-feira (15) à Faculdade Anhanguera, na região central da cidade, para refazer as provas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na capital mineira, 636 alunos foram convocados para a segunda chance do Enem por terem sido prejudicados com erros de impressão no caderno de provas de cor amarela, no primeiro dia de aplicação da prova, em novembro.
No entanto, estudantes que se sentiram prejudicados e não receberam a convocação precisaram recorrer à Justiça. Foi o caso de Raissa Reis Crispim, de 18 anos, que concorre a uma vaga no curso de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A jovem só teve acesso ao local de prova amparada por uma ordem judicial da 20ª Vara Federal de Belo Horizonte, que concedeu liminar para que ela fizesse a prova. "Ela não foi convocada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), apesar de ter tido problemas com a prova amarela também. Então foi preciso recorrer a uma medida judicial", disse Izabela Amaral Braga, advogada de Raíssa.
Segundo Izabela, sua cliente não foi orientada pelo fiscal de prova a constar em ata os problemas. Antes de buscar a Justiça, depois de não ter sido convocada, Raissa procurou informações, sem sucesso. "Ela não teve resposta nem positiva nem negativa do Inep. Na verdade, é uma desorganização", acrescentou.

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