5 de outubro de 2010

Lojistas de BH esperam vender 20% mais neste Dia das Crianças

Lojistas de Belo Horizonte esperam que as vendas do Dia das Crianças deste ano sejam até 20% maiores na comparação com 2009, graças ao cenário econômico aquecido, com aumento do emprego e da renda, associado ao apelo emotivo da data. A desvalorização do dólar, que, na sexta-feira (1º), registrou sua menor cotação até então, em 2010, ficando em R$ 1,68, e mais a concorrência entre produtos nacionais e importados, que ajudaram a impedir altas expressivas nos preços - segundo empresários, eles estão, no geral, estáveis - também colaboram para incrementar o consumo.
Conforme último levantamento feito pela Federação do Comércio no Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), a expectativa de 56,8% dos lojistas é de crescimento na comercialização. “O Dia das Crianças, apesar de envolver apenas as lojas que trabalham com público infantil, serve como uma espécie de termômetro para o Natal”, ressalta a chefe do Departamento de Economia da entidade, Silvânia de Araújo.
Ela salienta que, entre os empresários do comércio que apostam em crescimento das vendas, 31,6% estimam expansão de 10% a 20% e outros 31,6% disseram acreditar em incremento de até 10% ante o exercício passado. “E boa parte (69,4%) disse que o tíquete médio deve variar de R$ 30 a R$100”, observa. A entidade entrevistou 80 lojistas de vários pontos da capital.
Para a economista, a participação dos importados na venda de brinquedos no Dia das Crianças e Natal deve ser maior neste ano, graças ao dólar cotado abaixo dos R$ 2. “A propensão ao consumo é mais favorável, dado o bom momento da economia, com aumento do emprego e da renda, além da concorrência entre os produtos nacionais e importados, que ajudam a segurar os preços”, analisa. Outra entidade do varejo, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) estima incremento de 8% a 10% neste ano, para a data, ante o exercício passado.
Na Brinkel, no Bairro Padre Eustáquio, a projeção é de incremento nas vendas de 10%s, segundo o proprietário da loja, Altair Rezende. O percentual será superior ao do ano passado, quando a casa registrou expansão de 5% ante 2008. Para ele, o aquecimento da economia, em especial, do emprego, é que vem ajudando os negócios da empresa, há 20 anos no mercado. De acordo com ele, de janeiro a setembro, a comercialização acumula alta de 6% frente a igual intervalo do ano passado.
Rezende aposta no incremento das vendas de bonecas para o público feminino, com destaque para a Barbie. Para os meninos, bonecos de personagens da TV, além das linhas de carrinhos Hot Wheels e brinquedos tecnológicos, como notebooks. “Acredito que o tíquete médio será de R$ 100. Afinal, o consumidor ainda pode dividir no cartão de crédito em até seis vezes sem juros”, pondera.
Com mix formado por 5 mil brinquedos - cerca de 70% importados -, ele ressaltou que os preços, em média, estão estáveis. “No muito, quando acontecem reajustes, não passam de 5%”, salienta.
Assim como a Brinkel, a Traquitana, loja especializada em brinquedos pedagógicos, também estima acréscimo de 10% nas vendas para o Dia das Crianças frente ao ano passado, segundo a proprietária da loja, Ana Luísa Pires. Apesar da expectativa de incremento, a empresária reclama do ritmo dos negócios depois de maio. “No acumulado dos primeiros cinco meses, as vendas tiveram expansão na casa dos 10% em relação ao ano passado. Entretanto, já no acumulado de 2010 até setembro, o resultado passou a ser estável”, disse.
Na PBKIDS Brinquedos a estimativa de crescimento é ainda mais expressiva, com incremento de 15% frente ao Dia das Crianças no ano passado. Além das variáveis macroeconômicas positivas, a rede que tem 51 lojas espalhadas pelo país, aposta nos investimentos em comunicação para alavancar a comercialização.
O crescimento também é esperado para o tíquete médio, que deve chegar a R$ 130, o que representa alta de 8% em relação ao ano passado.
...Fonte: "Jornal Hoje em Dia"

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