18 de janeiro de 2010

Brasil deve concentrar em 2010 os R$ 25 milhões do dinheiro de cooperação internacional para o Haiti







O Brasil estuda concentrar o orçamento previsto para três anos de cooperação internacional no Haiti, de R$ 25 milhões (US$ 14,7 milhões), todo para 2010, informou ao R7 uma fonte do governo federal. A iniciativa é totalmente separada da ajuda emergencial de R$ 26,6 milhões (US$ 15 milhões) que o Brasil ofereceu ao Haiti devido ao terremoto que devastou o país na última terça-feira (12), da qual R$ 8,8 milhões (US$ 5 milhões) já foram liberados.
O adiantamento ocorre devido à destruição provocada pelo tremor de sete graus na escala Richter pode ter provocado a morte de até 140 mil pessoas. Há localidades no Haiti que tiveram 90% de suas construções destruídas e a ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que ao menos 10% das edificações de Porto Príncipe ruíram completamente, no que a organização classificou como a pior tragédia enfrentada em sua história.
O Brasil, que comanda a missão de paz da ONU no país, a Minustah, tem oficialmente confirmada a morte de 14 militares. O país também perdeu a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e o diplomata Luiz Carlos da Costa, que era o número dois da ONU no Haiti. Como estratégias de cooperação ao desenvolvimento, o Brasil tinha em seu planejamento cerca de 30 iniciativas em 2010 e 2011. Muitos destes programas terão de ser suspensos até por falta da estrutura mais básica para que continuem. O certo é que em dois meses uma missão oficial deve voltar à ilha levando empresários de instituições como Fiocruz, Senai, e Senac para avaliar a continuidade e reformulação dos projetos.

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