4 de janeiro de 2011

Combate à dengue é reforçado em Minas Gerais

 A luta contra a dengue não pode entrar de férias, e a colaboração é a melhor maneira de se prevenir da doença. Por isso, uma força-tarefa, que integra o Programa Estadual de Controle Permanente, desenvolve, neste início de ano, atividades para a eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypt, transmissor da dengue. A princípio, a ação acontece em 21 cidades mineiras com elevado índice de infestação e de notificação de casos.
 De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, em 2010, houve um aumento de mais de 300% no número de notificações, em comparação a 2009, podendo chegar a mais de 500 mil novos casos em 2011, caso as ações de prevenção e combate à doença não sejam reforçadas. Não é à toa que, para o primeiro semestre deste ano, o Governo estadual tenha destinado cerca de R$ 60 milhões para o controle da doença. “O combate à dengue não está mais sendo tratado de forma sazonal”, afirma o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques.
 Nesta segunda-feira (3), Belo Horizonte e Contagem deram início ao mutirão que, além de ações educativas e atividades de eliminação dos focos do mosquito, realizará o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LirAa). Na capital, a expectativa é passar por 35 mil residências. “Se a chuva não der trégua, vamos encerrar o LirAa somente no dia 14, mas a expectativa é finalizá-lo até o dia 7”, diz a gerente de Soonoses de Belo Horizonte, Silvana Tecles.
 Em Contagem, os bairros Petrolândia e Ressaca são os que têm índices da doença mais preocupantes. “Nesses lugares, estamos realizando ações preventivas e monitoramento constante da presença de focos do mosquito”, afirma o gerente do Serviço de Controle de Zoonose de Contagem, José Renato de Rezende Costa. Até dezembro de 2010, foram notificados cerca de 6.500 casos de dengue no município, com a confirmação de 1.400.
 Segundo Silvana Tecles, na segunda quinzena de janeiro, um retrato atualizado da dengue em Belo Horizonte será divulgado pela prefeitura por meio dos dados coletados pelo LirAa. O último balanço divulgado pela Secretaria de Saúde da capital, no dia 29 de dezembro, somava 68.529 notificações em 2010. Desse total, 51.737 foram confirmados. “O predomínio está na Regional Venda Nova, com 11 mil casos, seguido da Noroeste, com 8.578 casos, e depois a Norte, com 8.515”.
 Em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana, muitos moradores ainda resistem em ajudar no combate à doença. Na última ação de 2010, realizada pela prefeitura, 23% dos 4 mil imóveis do Bairro Sevilha estavam fechados ou não foram abertos pelo morador para que o agente fizesse a vistoria.

Nenhum comentário: